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Pesquisadora do Instituto de Pesquisas Ambientais de SP está entre cientistas mais influentes do mundo pela quinta vez

Reconhecimento internacional destaca a relevância das pesquisas da ecóloga Giselda Durigan em conservação e restauração do Cerrado

Redação
Por: Redação Fonte: Secom SP
17/11/2025 às 18h32
Pesquisadora do Instituto de Pesquisas Ambientais de SP está entre cientistas mais influentes do mundo pela quinta vez
Giselda Durigan é referência nos estudos sobre os efeitos do fogo e de sua supressão no Cerrado, além de atuar na restauração desse bioma

Com 150 publicações e mais de 11 mil citações em revistas indexadas, a ecóloga Giselda Durigan, do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) da Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), voltou a figurar entre os cientistas mais influentes do mundo. Esta é a quinta vez que a pesquisadora integra o ranking internacional da Research.com, organizado por especialistas da Universidade de Stanford (EUA) em parceria com a Editora Elsevier. Ela já havia sido reconhecida em 2020, 2021, 2022 e 2023.

A classificação é elaborada a partir do D-index (Discipline H-index), que considera exclusivamente publicações e citações dentro da área específica de atuação do pesquisador. Os dados são consolidados a partir das plataformas OpenAlex e CrossRef e passam por revisão manual para garantir aderência ao campo de estudo, levando em conta também prêmios e reconhecimentos adicionais.

No ranking de Ecologia e Evolução, o Brasil aparece em 10º lugar entre 185 países, com 165 pesquisadores listados. Nesse grupo, Durigan ocupa a 56ª posição no ranking nacional e a 3.508ª no ranking internacional. Entre os ecólogos brasileiros, está em 10º lugar, sendo a única mulher entre os 24 primeiros colocados. As informações têm como base o ano de 2024.

“Ter meu nome nessa lista comprova a relevância do trabalho de um cientista em sua área. Se outros pesquisadores citam minhas publicações, é porque meus estudos fazem diferença e ajudam a orientar novos rumos na ciência”, afirma Durigan. “Mas é essencial reconhecer que, sem a contribuição dos 55 pós-graduandos e pós-doutores que orientei, eu não teria chegado até aqui.”

Sobre a pesquisadora

Nascida em Maracaí, no oeste paulista, Giselda Durigan formou-se em Engenharia Florestal pela Universidade de São Paulo (USP), instituição onde também concluiu o Mestrado. Fez Doutorado em Biologia Vegetal na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pós-doutorado no Royal Botanic Garden, na Escócia.

Iniciou sua carreira no Instituto Florestal (IF), em 1984, e segue atuando no IPA. Também orienta alunos nos Programas de Pós-graduação da Unesp e da Unicamp e integra o Comitê de Assessoramento de Ecologia e Limnologia do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Durigan é referência nos estudos sobre os efeitos do fogo e de sua supressão no Cerrado, além de atuar na restauração desse bioma. Atualmente, lidera o projeto temático Biota Campos, financiado pela Fapesp, voltado à ampliação do conhecimento sobre a biodiversidade dos campos naturais de São Paulo e estados vizinhos, oferecendo suporte científico para sua conservação e recuperação.

“As descobertas dos nossos estudos, muitos deles voltados à Ecologia Aplicada, buscam gerar mudanças não só na ciência, mas também nas políticas públicas e nas ações de conservação e restauração. Acredito que o impacto das minhas pesquisas vem desse caráter aplicado. O mundo espera da ciência soluções reais”, conclui.

De acordo com o ranking, os trabalhos mais frequentes de Durigan estão concentrados nas áreas de Ecologia (45,08%), Vegetação (23,77%) e Riqueza de espécies (22,95%).

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