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2026 - 11 feriados prolongados, Copa e uma nova carga tributária

Networking pode ser sua estratégia de sobrevivência

Redação
Por: Redação
17/11/2025 às 20h01 Atualizada em 17/11/2025 às 20h33
2026 - 11 feriados prolongados, Copa e uma nova carga tributária

Eleições, 11 feriados prolongados, Copa e uma nova carga tributária — e por que o networking pode ser sua estratégia de sobrevivência

O calendário de 2026 pinta um ano de duros testes para empresários brasileiros: eleições presidenciais e legislativas, 11 feriados prolongados, a participação do país na Copa do Mundo e o início da implementação de uma nova lei tributária que promete aumentar a incidência de impostos e endurecer a fiscalização.

A combinação desses fatores, que já se estima retirar cerca de 45 dias úteis do calendário comercial e produtivo, cria um ambiente de incerteza e pressão que exige mais do que ajustes operacionais — exige relações sólidas entre empresas, governo e mercado.

O impacto imediato: menos dias, mais risco

Reduzir 45 dias úteis do ano para o setor comercial e produtivo não é só uma estatística: significa janelas menores para vendas sazonais, produção comprimida, aumento de overtime e gargalos logísticos. As empresas de varejo enfrentarão dificuldades para escalonar campanhas promocionais; indústrias terão que recalibrar linhas de produção; prestadores de serviços deverão lidar com menor disponibilidade de mão de obra e picos de demanda concentrados.

Ao mesmo tempo, a mobilização política típica de um ano eleitoral — debates, incertezas sobre políticas públicas e possíveis mudanças regulatórias — tende a atrasar decisões de investimento e ampliar a volatilidade da demanda. A presença do Brasil na Copa eleva expectativas de consumo em segmentos específicos (turismo, alimentação, merchandising), mas também provoca rupturas de cadeia e variações bruscas no fluxo de clientes.

Tributação e fiscalização: o novo vetor de pressão

A promessa de maior incidência de impostos aliada a fiscalização mais rígida transforma a gestão tributária em ponto crítico. Para muitas empresas, isso representa: necessidade de revisão de preços, aumento do custo administrativo para conformidade (compliance fiscal), risco de autuações e passivos inesperados. Em setores que já operam com margens apertadas, o efeito pode ser imediato sobre caixa e competitividade.

Por que o networking deixa de ser só “boa prática” e passa a ser estratégia

Num contexto de incerteza conjuntural e aumento de custos regulatórios, as redes — formais e informais — atuam como amortecedores. Relações bem construídas permitem:

  • Compartilhar informação crítica (p.ex., mudanças na interpretação de regras fiscais, oportunidades de compras conjuntas ou roteiros logísticos alternativos);
  • Dividir custos e recursos (consórcios, compras em atacado, logística compartilhada);
  • Acelerar soluções operacionais (parcerias com fornecedores para flexibilizar entregas em feriados ou durante a Copa);
  • Aumentar poder de negociação com bancos, fornecedores e autoridades locais;
  • Construir influência coletiva para defender interesses setoriais em momentos de reforma tributária e incerteza legislativa.

·         O ano de 2026 promete ser desafiador: menos dias úteis, eleições, Copa e um ambiente fiscal mais exigente ampliam incertezas e custos para empresas de todos os tamanhos. Diante disso, o networking deixa de ser um acessório do empreendedor moderno e se torna ferramenta estratégica: informação, escala, compartilhamento de risco e influência política são substitutos potentes para a vulnerabilidade individual.

·         Para quem lidera um negócio, a pergunta não é mais “tenho tempo para networking?” — é “posso me dar ao luxo de não construir redes sólidas antes que o calendário e a legislação testem minha capacidade de sobrevivência?”. Montar agora alianças pragmáticas, testadas e formalizadas pode ser a diferença entre atravessar 2026 no vermelho ou sair mais resiliente do outro lado.

 

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