
O Governo do Estado de São Paulo premiou os 50 melhores cafés paulistas durante a cerimônia oficial do 24º Concurso Estadual Qualidade do Café de São Paulo, realizada no Instituto Agronômico (IAC), em Campinas. O evento reuniu cafeicultores de diversas regiões, pesquisadores, lideranças do setor, representantes de cooperativas e autoridades, reforçando o protagonismo paulista na produção de cafés de alta qualidade.
Promovido pela CATI (Diretoria de Assistência Técnica Integral), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), o concurso registrou recorde de participação, com cerca de 400 amostras recebidas das espécies arábica e canephora, provenientes de 77 municípios. No total, foram premiados produtores em cinco categorias: arábica natural, arábica cereja descascado, arábica fermentado, arábica orgânico e canephora (conilon/robusta).
Além da CATI, participaram da realização do concurso a Coordenação das Câmaras Setoriais, a Codeagro e a Apta, por meio da Apta Regional, Instituto Biológico (IB-Apta) e Instituto Agronômico (IAC-Apta) e o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL-Apta), com apoio da Fundag, Sindicafé-SP, ABIC, Syngenta, Carmomaq, Kaleido, Bunn e Cropster, como apoiadores da edição.
Durante a cerimônia, o Governo de São Paulo assinou a portaria que institui o Selo Agro SP Café, novo instrumento oficial de reconhecimento aos cafés vencedores do concurso. O selo moderniza normas com mais de 20 anos, reorganiza categorias, atualiza critérios técnicos e será a base para a futura Certificação de Produto do Sistema de Qualidade de Produtos Agrícolas do Estado.
Com a criação do Selo Agro SP Café, os cafés premiados passam a ter um distintivo oficial de excelência, ampliando sua capacidade de inserção no mercado, fortalecendo a rastreabilidade e agregando valor para exportações e vendas de cafés especiais.
Os três melhores cafés paulistas de 2025 foram produzidos em Barra do Turvo, Campinas, Brotas, Divinolândia, São Sebastião da Grama, Bragança Paulista, Socorro, Itapira, Caconde, Getulina e Catanduva. Confira os premiados por categoria:
Café Canephora (Conilon/Robusta)
1º – Paulo Sonehara – Getulina
2º – Gumercindo Fernandes da Silva – Adamantina
3º – Talles Gabriel Martins da Conceição
Café Orgânico
1º – Ricardo Maklouf Júnior – Itapira
2º – Eduardo Seicchi Munhoz – Itapira
3º – João Paulo Ribeiro Capobianco – Socorro
Café Fermentado
1º – Tito Henrique da Silva Neto – Campinas
2º – João Paulo Ribeiro Capobianco – Socorro
3º – João Hamilton dos Santos – Caconde
Café Natural
1º – Rodrigo de Oliveira – Brotas
2º – Mateus Valeiti Mengale – Divinolândia
3º – Alexandre Magno Belchior Ribeiro – São Sebastião da Grama
Café Cereja Descascado
1º – Ozico Pereira – Barra do Turvo (91,10 pontos – maior nota de todo o concurso)
2º – Alexandre Magno Belchior Ribeiro – São Sebastião da Grama
3º – Luis Eduardo dos Santos – Bragança Paulista
Confira a lista completa dos premiados clicando no link
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai, “o resultado deste concurso confirma a força da cafeicultura paulista e o empenho dos produtores que buscam excelência. São Paulo tem história no café, mas continua evoluindo, adotando técnicas modernas e ampliando as oportunidades para quem vive do campo”.
O grande destaque desta edição foram os produtores Ozico Pereira e Pedrina Pereira, de Barra do Turvo, que, ao alcançaram 91,10 pontos, a maior nota de toda a competição, ao vencer a categoria cereja descascado. Ao receber o prêmio das mãos do secretário Guilherme Piai, Pedrina emocionou o público ao contar a trajetória da família. “A gente sofreu muito para chegar até aqui, mas agora estamos colhendo os frutos. Ficamos muito felizes pela conquista deste prêmio.”
O casal simboliza a evolução do Vale do Ribeira na produção de cafés especiais, fruto de investimentos em pós-colheita, fermentação controlada e práticas sustentáveis que vêm elevando o padrão dos cafés da região.
São Paulo é hoje o 3º maior produtor de café do Brasil, com estimativa de 4,4 milhões de sacas (60 kg) na safra 2024/25. O café desponta como 6.º produto mais exportado na balança comercial paulista.