
O Google anunciou uma nova forma de busca com inteligência artificial.
Em setembro de 2025, o CEO Sundar Pichai confirmou via rede social que o AI Mode (“Modo IA”) já está disponível em português do Brasil.
Essa novidade torna a pesquisa mais conversacional: em vez de exibir apenas links, o sistema gera respostas detalhadas baseadas no modelo Gemini 2.5, combinando texto, voz e imagens
Segundo a Agência Mestre, o Google descreve o AI Mode como um “assistente pessoal” para busca, capaz de entender intenções complexas do usuário
Por exemplo, em uma mesma consulta sobre “restaurante em Berlim” com restrições alimentares e orçamento, o AI Mode recomendaria opções passo a passo, refinando a busca de forma interativa
Essa experiência de busca conversacional faz parte de uma estratégia maior do Google para manter usuários em seu ecossistema.
Como analisa a Xpert.Digital, o Google prefere repassar buscas ao seu próprio Gemini (modelo de IA) do que permitir que as pessoas recorram a IAs externas, sacrificando parte do tráfego imediatista em troca de maior engajamento no longo prazo
Em paralelo ao AI Mode, o Google já havia lançado os AI Overviews (“resumos de IA”) em 2024, que exibem no topo da página uma resposta automática gerada por IA com fontes citadas.
Essas respostas diretas ganham cada vez mais espaço: as estimativas apontam quedas de até 34% nos cliques (CTR) dos resultados tradicionais quando os AI Overviews aparecem
Especialistas do mercado veem isso como um “roubo de tráfego” para sites, prevendo que o Modo IA, ainda em testes nos EUA – e vindo ao Brasil – deve reduzir ainda mais as visitas vindas de buscas orgânicas.
Essa virada nos mecanismos de busca muda profundamente o SEO e o marketing digital. Como destaca um relatório da SEO Happy Hour, “para o Google, funciona bem, para marcas e donos de site, nem tanto, pois isso derruba o tráfego.”
Na prática, cada vez mais usuários obtêm respostas completas sem clicar nos sites: “Hoje, clicar em sites é opcional.
A maioria das pessoas considera simplesmente mais fácil receber uma resposta direta do Gemini ou do ChatGPT”
Como lembra a jornalista Caroline de Tilia na Forbes, cerca de 60% das buscas no Google já terminavam sem nenhum clique em 2024, um cenário que chegou a ser chamado de “apocalipse do tráfego”
Isso significa que não basta mais conquistar a primeira página: para permanecer relevante. O site da empresa precisa ser a própria resposta escolhida pela IA.
O presidente da Abradi, Carlos Paulo Jr., resume bem a mudança de comportamento do usuário: “As pessoas querem uma resposta clara, direta e objetiva, sem ter que pesquisar em vários sites”
Nesse novo paradigma, conteúdos longos e fragmentados por palavras-chave cedem lugar a páginas bem estruturadas e completas.
Um único artigo rico em detalhes – que responda à múltiplas dúvidas – pode ser reaproveitado pelos sistemas de IA para responder a diversas perguntas dos usuários.
Além disso, as estratégias de SEO puro estão dando espaço a um novo conceito chamado Answer Engine Optimization (AEO). Em vez de apenas ranquear páginas, o AEO foca em fazer a marca entrar nas respostas geradas.
Segundo a Forbes, “SEO é tudo sobre ranqueamento. AEO significa ser parte da resposta.
Ou seja, recomenda-se otimizar conteúdos para que sejam considerados fontes confiáveis pelas IAs.
É preciso ter “autoridade, clareza e repetição em canais de alta credibilidade” para aparecer nessas respostas automáticas.
Diante dessa mudança, especialistas reforçam que empreendedores – especialmente de e-commerce e pequenos negócios – não podem depender apenas das buscas no Google.
Segundo a Terra, a IA já transformou a lógica do SEO, “priorizando respostas diretas e personalizadas por IAs” e exigindo estratégias multicanais
Lisane Andrade, CEO da Niara, cunhou o termo "Search Everywhere Optimization" para ilustrar isso: o conteúdo precisa aparecer “onde o usuário estiver buscando, e isso pode ser no Instagram, no YouTube ou numa interface de IA”
Em outras palavras, é fundamental ampliar a atuação além do site próprio. Posts nas redes sociais, vídeos e recomendações podem atrair clientes quando a busca tradicional não levar a ninguém.
Construir uma forte rede de contatos (networking) torna-se um ativo valioso.
No mundo digital, “a rede de contatos é um dos ativos mais valiosos para qualquer profissional que deseja crescer e consolidar seu negócio”
Conexões estratégicas abrem portas para colaborações, indicações e visibilidade que não dependem apenas de algoritmos.
Participar de grupos de mercado e até mesmo comunidades online ajuda a manter o negócio no radar de clientes e parceiros.
Em resumo, para não ficar “esquecido” na era da busca por IA, o empreendedor deve investir em três frentes:
Presença multicanal: Atue em diferentes mídias – redes sociais (https://liga.social/) YouTube, blogs, marketplaces – além do site.
Otimize fotos e vídeos para as buscas multimodais e interaja com clientes por e-mail e redes sociais de nicho empresarial como a Liga Social https://liga.social/
Fortalecimento do networking: Amplie sua rede de contatos. Participe de eventos do setor, faça parcerias locais e use redes como o G10 Network https://grupodos10.top/
Conexões bem estabelecidas geram indicações, reputação e oportunidades que o algoritmo não oferece,
Com essas ações combinadas – muito além das velhas fórmulas de SEO – o empresário mantém seu e-commerce relevante mesmo se o Google entregar respostas automatizadas.
No fim das contas, a fusão entre conteúdo inteligente e relações sólidas será a receita para sobreviver e crescer no novo normal das buscas digitais.
Fontes: agenciamestre.comseohappyhour.